A escassez de dióxido de carbono (CO2) está a pressionar os sectores alimentares em alguns países europeus, depois de os principais produtores terem reduzido a produção em resposta ao aumento dos custos energéticos.
Os fabricantes de produtos químicos produzem CO2 como subproduto, que é utilizado na indústria alimentar, desde a colocação do gás em bebidas até a produtos de arrefecimento para o transporte de aves e porcos antes do abate.
Segundo a agência Reuters, a indústria alimentar e de bebidas britânica pediu ao governo para preparar planos de contingência para garantir o fornecimento de CO2, depois de o principal fornecedor doméstico, a CF Fertilisers UK, ter decidido suspender temporariamente a produção de amoníaco na sua fábrica de Billingham, no nordeste da Inglaterra.
Em julho, as empresas italianas de bebidas confirmaram cortes na produção devido a problemas no fornecimento de dióxido de carbono, à medida que as empresas químicas cortavam a produção, culpando o aumento dos preços do gás, e os fornecedores lutavam para garantir os volumes necessários.
A filial polaca da fábrica de cerveja Carlsberg (CARLb.CO) poderia vir a cortar ou suspender a produção de cerveja devido à falta de CO2. A paragem do fornecimento também representa um perigo para a segurança alimentar do país, disse Andrzej Gantner, secretário-geral da Federação Polaca da Indústria Alimentar.
A Air Liquide disse que as paragens de produção de amoníaco afetaram os seus fornecimentos de CO2, acrescentando que estava a trabalhar ativamente para limitar o impacto destas carências nos seus clientes. A empresa francesa vende vários produtos que contêm CO2 a clientes da indústria, incluindo na embalagem farmacêutica.