O mercado global de garrafas biodegradáveis de água está em forte crescimento e deverá evoluir dos atuais 2,8 mil milhões de euros em 2025 para mais de 4,7 mil milhões de euros até 2034.
A trajetória é impulsionada por regulamentações ambientais cada vez mais exigentes e pela crescente procura por soluções de embalagem mais sustentáveis por parte dos consumidores e das marcas de bebidas.
Segundo a USD Analytics, o setor deverá registar um crescimento médio anual de 5,9%, refletindo uma mudança estrutural na indústria de bebidas, cuidados pessoais e desportivos, que procuram alternativas ao PET de uso único.
As garrafas biodegradáveis, produzidas a partir de plásticos de origem vegetal ou materiais marinhos degradáveis, afirmam-se como opção viável e escalável para reduzir o impacto ambiental do packaging.
As tecnologias com maior peso no mercado atual são o PLA (ácido polilático) e o PHA (polihidroxialcanoato), que juntos representam 49,2% da quota em 2025, graças à sua compatibilidade com linhas de enchimento existentes e boa performance ótica.
Os materiais derivados de algas destacam-se como o segmento com crescimento mais rápido, graças à sua biodegradação em meio marinho e baixa pegada de carbono. Surgem também inovações como garrafas comestíveis, reutilizáveis e com aditivos biodegradáveis, desenhadas para compostagem completa ou até consumo direto.
Entre as principais tendências de inovação estão os revestimentos de barreira com maior capacidade de proteção e conservação; garrafas biodegradáveis em ambiente marinho, pensadas para zonas costeiras; soluções zero resíduos, com formatos comestíveis ou reutilizáveis e parcerias entre marcas e fornecedores de biopolímeros para escalar produção.
A nível regulamentar, normas como o Regulamento Europeu de Embalagens e Resíduos, a SB 54 da Califórnia e a Plastic Resource Circulation Act do Japão estão a forçar a transição para materiais recicláveis e compostáveis. Isto tem levado os fabricantes a investir em novas tecnologias e a abandonar progressivamente o PET.
Empresas como Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, Danone e Bacardi estão já a integrar soluções como o Nodax™ PHA da Danimer Scientific, a garrafa comestível de algas da Evoware ou materiais à base de proteína do leite desenvolvidos pela Lactips. Também se destacam iniciativas de empresas como a Paper Water Bottle Co., Choose Water, Lyspackaging e JUST Goods, todas focadas em modelos de embalagem mais circulares e amigos do ambiente.
O relatório da USD Analytics identifica ainda regiões com maior dinamismo, nomeadamente América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico, onde a conjugação de legislação, inovação e pressão do consumidor acelera a adoção destas garrafas biodegradáveis de água.
