A pandemia de Covid-19 não foi o grande revés para o comércio global que muitos anteciparam, uma vez que o comércio internacional de mercadorias aumentou até 10% acima dos níveis pré-pandémicos, apesar dos estrangulamentos de abastecimento.
A conclusão é do 'Trade Growth Atlas' da DHL, que destaca a resiliência do comércio global, apesar dos recentes choques e pessimismo do mercado.
O relatório apresenta resumos concisos de uma página para cada um dos 173 países analisados, que compreendem mais de 99% do comércio mundial, PIB e população. "O nosso objetivo é que o 'Trade Growth Atlas' da DHL se torne um recurso para que se compreenda e navegue as mudanças no panorama do comércio global. O comércio continuará a ser um motor-chave da prosperidade, tal como tem sido ao longo de séculos. No atual ambiente empresarial global, a DHL pode ajudar os clientes a repensar certas cadeias de fornecimento, baseando-as num compromisso sensato entre o custo e o risco, para que sejam eficientes e seguras. Como fornecedor líder mundial de logística, oferecemos soluções para todos os requisitos logísticos e temos provado fornecer serviços estáveis e fiáveis mesmo em ambientes de mercado voláteis", afirmou John Pearson, CEO da DHL Express.
As perspetivas de crescimento futuro do comércio continuam a ser positivas, embora mais cautelosas devido à guerra na Ucrânia, e o e-commerce transfronteiriço também deverá manter o crescimento.
As regiões do Sudeste e Sul da Ásia ganham destaque, diz o estudo, e espera-se que o crescimento do comércio acelere drasticamente na África Subsaariana. A China foi responsável por um quarto do crescimento do comércio nos últimos anos e prevê-se que continue a ter o maior crescimento, mas é provável que a sua quota caia para metade, para os 13%.
O Vietname, a Índia e as Filipinas destacam-se tanto em velocidade como em escala no crescimento previsto do comércio até 2026. As três regiões têm potencial para beneficiar dos esforços de muitas empresas para diversificar a produção e estratégias de aprovisionamento centradas na China.
Apesar de as economias emergentes terem aumentado a sua quota no comércio mundial de 24 para 40% entre 2000 e 2012, com metade do aumento impulsionado apenas pela China, estas quotas mal mudaram durante a última década. No entanto, as economias emergentes continuam a avançar no que respeita a medidas de conectividade, inovação e em empresas líderes. Estão a tornar-se exportadores mais importantes de produtos manufaturados sofisticados e competem cada vez mais não só com baixos custos, mas, também, em inovação e qualidade.
"Temos procurado destilar os dados mais importantes sobre o estado e trajetória do comércio global e dar vida aos dados em mapas, gráficos e outros conteúdos visuais. Os resultados mostram como ainda existem grandes oportunidades de crescimento do comércio, tanto nas economias avançadas como emergentes e em regiões de todo o mundo. O panorama do comércio está a mudar e a apresentar novos desafios, mas este relatório refuta fortemente as previsões de um grande recuo do comércio global", disse Steven Altman, Senior Research Scholar e Diretor da Iniciativa da DHL sobre Globalização no NYU Stern's Center for the Future of Management.
O 'Trade Growth Atlas' da DHL complementa o ‘Global Connectedness Index’ da DHL. Enquanto o 'Trade Growth Atlas' da DHL proporciona um conhecimento mais aprofundado no comércio global de mercadorias, o 'Global Connectedness Index' da DHL, publicado regularmente desde 2011, analisa o fenómeno mais amplo da globalização, com base no comércio de mercadorias e serviços, bem como os fluxos mundiais de capital, pessoas e informação.