Os CTT registaram casa cheia no auditório da Lispólis, em Lisboa, durante o CTT e-Commerce Day 2021, evento organizado em parceria com a TSF e o Dinheiro Vivo, que regressou em formato híbrido: presencial e digital.

André de Aragão Azevedo, Secretário de Estado para a Transformação Digital, abriu o evento e falou sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, que alocará 135 milhões de euros ao comércio em canais digitais.

Alberto PimentaAlberto Pimenta

“O e-commerce está no centro da nossa equity story”, disse João Bento, o CEO dos CTT na primeira intervenção do grupo. “É o elemento fundamental da nossa jornada de transformação e temos uma presença verdadeiramente ibérica”, explicou. João Bento detalhou as soluções e a rede dos CTT, assim como as parcerias formadas, dando o exemplo da Uber, com quem garante soluções de “instant delivery”, num prazo máximo de duas horas. “Queremos ser o parceiro preferido dos retalhistas”, sublinhou.

CTT painel

Na edição deste ano, o tema central em debate foi o papel do e-Commerce no fortalecimento dos negócios estimulado pela pandemia. Alberto Pimenta, Head of e-Commerce, apresentou os principais dados disponíveis à data, que colocam o valor do mercado, em 2020, em 7,4 biliões de euros. “Os principais fatores que levam os Portugueses a comprar ainda são os preços e as promoções, a satisfação da última compra também é importante e outros fatores como os pagamentos e a segurança”, explicou Alberto Pimenta.

Malcom Haylett Digital Manager da IKEA PortugalMalcom Haylett, Digital Manager da IKEA Portugal

“O comércio online representava cerca de 5% do nosso negócio e durante o confinamento representou 100% e não estávamos preparados. O nosso negócio era o cash & carry e isso era o que conhecíamos. Precisámos mudar o mindset e investir nas nossas pessoas para desenvolver as competências”

Nos últimos tempos, 60% das transações online foram de bens e 40% foram de serviços, sendo que Portugal (56%) lidera a tabela da origem dos vendedores, seguindo-se Espanha (17%), a China (15%), o Reino Unido (4%), a Alemanha (2%) e os E.U.A. (2%). No total, Alberto Pimenta refere que, no final de 2021 far-se-ão as contas e deverá comprovar-se que o crescimento do e-Commerce deverá aproximar-se dos 30%.

Paulo Pinto CEO da La Redoute PortugalPaulo Pinto, CEO da La Redoute Portugal

“Verificámos que quase todos os setores cresceram e o que mais nos surpreendeu – e explica porque é que Portugal não é um país digital – foi o Food & Groceries, que era insipiente no mercado português.”

Os retalhistas que se destacam são a Amazon, o Aliexpress, a Worten, a Fnac, o Continente, a Decathlon, a Zara, a Wook, o OLX e o eBay.

Pedro Chainho Head of Supply Chain da Worten Pedro Chainho, Head of Supply Chain da Worten

 

“No ano passado, apesar do desafio que a pandemia nos trouxe, fizemos a transformação de sermos um Marketplace. A Worten era um retalhista de eletrónica e fizemos um alargamento muito grande da nossa oferta, centrada no cliente”

No evento participaram David Bu, diretor-geral da Cainiao, o braço logístico do grupo Alibaba, Malcom Haylett, Digital Manager da IKEA Portugal, Nuno Borges, responsável pela logística da Farfetch, Paulo Pinto, CEO da La Redoute Portugal, Pedro Chainho, Head of Supply Chain da Worten e Sónia Lascasas, Commercial & Marketing Manager da Livraria Bertrand. Todos falaram acerca dos principais desafios que enfrentaram quando a população portuguesa foi obrigada a enfrentar os isolamentos sociais e necessitaram recorrer ao e-Commerce.

Sonia Lascasas Commercial Marketing Manager da Livraria BertrandSonia Lascasas, Commercial & Marketing Manager da Livraria Bertrand

“Nos últimos dois anos, o canal de venda online cresceu mais do que estimávamos para os próximos cinco anos. Acreditamos que o que nos pode distinguir no mercado são as nossas 500 pessoas a quem chamamos Livreiros, os especialistas em livros, e o nosso pilar é a excelência no atendimento”.