De 16 a 19 de maio, a AIFEC - Associação Ibérica de Fabricantes de Etiquetas em Contínuo realiza o seu encontro anual, na Costa da Caparica.

José Carrasquer, presidente da AIFEC e diretor geral da Etygraf, partilhou as suas expectativas para o encontro entre os profissionais de Portugal e Espanha.

Jose Carrasquer

Como apresentaria a AIFEC a quem não a conhece?

A AIFEC é a associação de referência no mercado espanhol e português para fabricantes e fornecedores de etiquetas contínuas. Com 175 associados representamos e servimos a maior parte do sector das etiquetas no mercado Ibérico.

Estão a completar o 25º ano de atividade. Como avalia essa viagem?

Obviamente a avaliação é muito positiva. Desde a constituição da Associação temos registado um crescimento contínuo do número de associados, sendo as atividades desenvolvidas cada vez mais numerosas e com maior grau de profissionalismo.

Foi atingido o número máximo de inscrições para esta conferência. Quais são as suas perspectivas para o encontro de Lisboa?

Todos os anos elevamos a fasquia das expectativas e, este ano, com a celebração dos 25 anos da Associação, ainda mais. Preparámos um programa completo de conferências que abrange amplos aspectos de grande interesse para os nossos associados, muito espaço para networking e, obviamente, muitos eventos sociais para a comemoração dos nossos 25 anos.

Que pontos destaca do programa?

O lema do Congresso é: “Um setor futuro e sustentável”. Relativamente a este mote destaco as apresentações relacionadas com a Inteligência Artificial, a gestão da mudança e o workshop de sustentabilidade social. Mas gostaria de destacar que o Congresso é um ponto de encontro de todo o setor, onde compartilhamos percepções, opiniões e preocupações e com essa troca de informações apoiamo-nos para o desenvolvimento coletivo que se transfere para o desenvolvimento individual de cada empresa .

Como analisa a indústria ao nível da Península Ibérica?

O mercado de etiquetas na Península Ibérica é um mercado que ainda está em crescimento. A pandemia de Covid, a crise das matérias-primas e as novas regulamentações relativas aos resíduos e à utilização de plásticos têm sido um desafio importante, mas reforçaram ainda mais o espírito de inovação, desenvolvimento e adaptação à mudança num setor que continua a mostrar esse dinamismo. Mostrou-nos também que, apesar de pequenos, continuamos a ser um setor essencial para o funcionamento de toda a economia.

Quais as diferenças e semelhanças mais significativas entre Portugal e Espanha?

As diferenças são dadas por um quadro regulatório ligeiramente diferente, embora cada vez mais próximo, e porque o ponto de partida da dimensão das empresas portuguesas é um pouco menor, com tudo o que isso implica ao nível do investimento e da capacidade de decisão no mercado. Portugal tem um volume de negócios médio ligeiramente inferior ao de Espanha, mas isso confere-lhe um potencial de desenvolvimento muito maior e maiores possibilidades de inovação e crescimento. Ao nível das semelhanças são muitas, sobretudo as referentes aos aspectos técnicos, de produto e de gestão das empresas.

Que mensagem gostaria de deixar aos empresários portugueses?

A mensagem é clara: associar-se é uma necessidade para ter melhores perspectivas futuras. Num mercado global como o europeu e com um produto igual, a informação e conhecimento deste mercado e deste produto é vital para um desenvolvimento comum que nos permite também desenvolver para cada empresa. Uma das melhores formas de obter informação é através do apoio mútuo que oferecemos por parte da Associação.